ABIHPEC realiza workshop para debater ciência e tecnologia no setor de HPPC

Com o tema “Cosméticos e Inovação em um mundo digital e diversificado”, evento trouxe à tona impactos da inovação no mercado

Com interesse em aprofundar discussões sobre ciência e tecnologia no setor, a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) promoveu o Workshop Técnico “Cosméticos e Inovação em um mundo digital e diversificado”, na feira in-cosmetics Latin America, que ocorreu em São Paulo nos dias 18 e 19 de setembro.

O evento, que apontou novos cenários, tendências e oportunidades para o setor de HPPC, contou com a participação de empresas e instituições de renome e teve em sua abertura a presença do presidente executivo da ABIHPEC, João Carlos Basilio.

 “A inovação é uma ferramenta fundamental para elevar o nível de competitividade no setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos.  Em um mercado em constante transformação, onde acompanhar as novas tendências, a implementação de novas técnicas e conceitos é um grande desafio. Prova disso é o fato de o mercado brasileiro ser o 3º maior do mundo em lançamentos de produtos. Em 2018 colocamos no mercado aproximadamente 7.500 novos produtos, segundo a Mintel”, afirmou.

 Para Marina Kobayashi, gerente de inovação da entidade: “Esta 6ª edição do Workshop destaca temas que trazem oportunidades em formulações cosméticas, trazendo tecnologias, novidades e novas formas de inovar”. Acrescentou ainda que “a proposta do workshop técnico é trazer temas que tragam contribuições para um setor dinâmico e com elevado grau de inovação que é característico desta indústria”.

Programação

Com o tema ‘Inovação: uma nova abordagem’, o diretor de Marketing e Negócios Internacionais da Chemyunion, Sérgio Gonçalves, iniciou o ciclo de palestras. O especialista mencionou o fato de que a inovação incremental se faz necessária, com a melhoria de produtos e serviços, e destacou a relevância do planejamento sustentável nas organizações, além de alertar que a disrupção é um processo de aprendizado e não de retrocesso para as empresas.

 Na sequência, Patrícia Moreira, gerente de Marketing de Skin Care na Chemyunion, trouxe para o debate a ‘’Epigenética aplicada a cosméticos’’, ciência que tem como objetivo ser ‘interruptora de genes’, impedindo que o código genético aja de forma natural e permitindo novas abordagens terapêuticas sobre o envelhecimento.

Cirurgiã de transplante capilar, a Dra. Leila Bloch deu continuidade com a palestra “Microbiomia do couro cabeludo: novas oportunidades em formulações para os cabelos”, revelando que o desbalanço do microbioma pode promover alterações no couro cabeludo, gerando dermatite seborreica. Com isso, ingredientes ativos como microbioma ou pósbióticos têm surgido como alternativa para tratamento.

Logo depois, o especialista Antonio Fidalgo, pesquisador-chefe em Química Verde do Instituto Senai, apresentou a “Tecnologia Supercrítica: potenciais aplicações em cosméticos”, mensurando a capacidade do reino vegetal em gerar novos ativos, tratando a utilização de fluídos críticos, como solventes, e tornando-se uma solução verde para a extração de matérias-primas.

Encerrando o primeiro dia de palestras, Flávia Addor, diretora técnica do Grupo Medcin, tratou do tema “Prebióticos e Probióticos no Universo Cosmético: Fundamentos e Perspectivas”. A especialista trouxe à tona, também, o microbioma e sua capacidade de contribuir com tratamentos e cuidados preventivos, principalmente cutâneo.

O segundo dia de workshop contou com Elaine Gerchon, gerente de Inteligência de Mercado na ABIHPEC, que apresentou a palestra “Cinco Gerações e seus Hábitos”, direcionado a traçar o perfil de saúde das gerações X,Y,Z, Baby Boomers e Alpha, identificando o impacto e exigências que ambos demandam no mercado e a necessidade de se reinventar através de uma geração mais consciente e sustentável.

Professor da Universidade de São Paulo (USP), Maurício Baptista, teve como foco o tema “Autofagia aplicadas aos cosméticos”, uma via de reciclagem conservada responsável pela reutilização de proteínas e organelas celulares, controlando o envelhecimento da pele e oferecendo perspectiva para cosméticos antiaging no futuro próximo.

Presente no primeiro dia, Antonio Fidalgo retornou ao palco, desta vez para falar sobre “Aplicações de Imagens Hiperespectrais em Sun Care”, destacando que as características óticas da pele contribuem para a percepção da saúde e do envelhecimento. Com isso, a técnica de imagens hiperespectrais vem sendo otimizada, com mapeamento 3D e análises multivariadas, contribuindo para o mercado de cosmético.

Na sequência, com o tema “Lei da Biodiversidade Brasileira: Impactos e Oportunidades”, a consultora da ABIHPEC, Francine Leal Franco, abordou as possibilidades que a normativa brasileira pode apresentar como oportunidade para o setor em comparação com outras normas internacionais.

Por fim, Ana Viana, gerente de Assuntos Regulatórios para Biodiversidade da Natura, e Fabiana Munhoz, gerente de Pesquisa Avançada da L´Óreal, apresentaram “Cases de Sucesso” das respectivas empresas, ressaltando como o uso da biodiversidade em cosméticos é uma oportunidade para a construção de valores inovadores com impacto na visão dos consumidores de uma forma geral.



Fonte: ABIHPEC
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