Criação de plataformas automatizadas, produtos inteligentes e máquinas de reabastecimento foram algumas das propostas lançadas por grupos de especialistas, entre os quais pesquisadores dos Institutos SENAI de Inovação, durante congresso de inovação do segmento

Criação de plataformas automatizadas, produtos inteligentes e máquinas de reabastecimento foram algumas das propostas lançadas por grupos de especialistas, entre os quais pesquisadores dos Institutos SENAI de Inovação, durante congresso de inovação do segmento

Você gostaria de reabastecer embalagens de cosméticos e higiene e economizar no consumo de seus produtos preferidos? A ideia é de pesquisadores dos Institutos SENAI de Inovação e de empresas que participaram dos Desafios Itehpec com o objetivo de ajudar na sustentabilidade do planeta. A proposta dos especialistas é instalar máquinas automáticas nos pontos de venda para que os consumidores possam encher seus recipientes e aproveitá-los por mais tempo.  

A proposta de reaproveitamento de embalagens, que chegam a custar até 60% do preço final de produtos do setor, foi sugerida por um grupo de pesquisadores do Instituto SENAI de Inovação em Polímeros; representantes do Grupo Boticário, da Johnson & Johnson e do Centro de Engenharia Elétrica e Informática (CEEI) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). 

Outros dois grupos também se reuniram para debater e sugerir soluções inovadoras durante os dois dias do 2º Congresso de Inovação da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, realizado em São Paulo em maio. Os profissionais foram conduzidos pelo especialista em Desenvolvimento Industrial do SENAI, Luís Gustavo Delmont. 

“A cooperação tende a ser uma grande evolução no processo de inovação das companhias. Queremos estabelecer projetos cooperativos, além de trazer a parceria da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e do SENAI para apoiar e fomentar os projetos”, explica Marina Kobayashi, gerente de inovação do Itehpec, área de inovação e tecnologia da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec).

PLATAFORMA INTELIGENTE – Especialistas em design do SENAI, pesquisadores do Instituto SENAI em Materiais Avançados e representantes das empresas Basf, Avon, Natura e Grupo Boticário também apresentaram uma solução para reduzir o tempo de testes de novos produtos. A sugestão é uma plataforma, com uso de inteligência artificial, que seria uma base de dados e reuniria informações sobre testes já realizados pela indústria, academia e institutos de pesquisa. O pesquisador da empresa que está desenvolvendo um novo produto colocaria a formulação nesse sistema e receberia uma resposta de risco associado de estabilidade e de segurança do consumidor.

A agilidade nos testes e desenvolvimento de produtos é essencial em um mercado na qual 30% do faturamento corresponde a lançamentos de novas linhas. “A nossa indústria tem por natureza a característica de ser muito dinâmica. Se fizermos uma projeção, em cinco anos o portfólio das empresas se renova quase totalmente e isso impulsiona as vendas dos nossos produtos, tanto pela curiosidade das pessoas quanto em acompanhar e provocar novas tendências”, conta João Carlos Basilio, presidente-executivo da Abihpec. 

O terceiro desafio lançado durante o congresso foi sugerir um novo processo que possibilite ao cliente indicar tratamentos customizados para seu tipo de cabelo. Os especialistas sugeriram a criação de uma plataforma que permita ao cliente identificar as características do seu cabelo e estado atual para que possa ser sugerido o melhor tipo de produto e um possível tratamento para melhorar a saúde capilar. Participaram desse grupo pesquisadores do Instituto SENAI de Inovação em Tecnologias de Informação e Comunicação; do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e da empresa Aqia. 

No final do congresso, todos os participantes votaram na melhor solução apresentada. A equipe vencedora foi a que apresentou a plataforma integrada e automatizada para redução do tempo e o custo dos testes. Os integrantes do grupo foram premiados com bolsas de estudo para o Programa Itehpec de Capacitação 2018.

 Especialistas em design do SENAI, pesquisadores do Instituto SENAI em Materiais Avançados e representantes das empresas Basf, Avon, Natura e Grupo Boticário também apresentaram uma solução para reduzir o tempo de testes de novos produtos

TRABALHO CONJUNTO – A construção de equipes de diferentes empresas de um mesmo segmento econômico é uma tendência no mundo da inovação. O objetivo é somar esforços e reunir pessoal competente na busca de soluções que são necessárias a todos.

“Percebemos durante os Desafios Itehpec que existem muitos desafios no setor que são comuns a mais de uma empresa. E mais importante do que isso, vimos que o trabalho conjunto entre as empresas faz muito sentido para que as soluções sejam desenvolvidas”, avaliou o especialista em Desenvolvimento Industrial do SENAI, Luis Delmont, que reforçou o papel da instituição nesse processo: “Por meio de seus Institutos de Inovação, o SENAI tem buscado desenvolver projetos cooperativos nas fases mais caras e de maior risco da inovação para ajudar a aumentar a competitividade da indústria brasileira”. 

As mudanças que ocorrem no segmento de cosméticos, perfumaria e higiene pessoal devido à 4ª revolução industrial também estiveram no centro das apresentações e debates do congresso. “Um dos grandes pilares do congresso foi a nova realidade da pesquisa e desenvolvimento da indústria 4.0 na era digital”, avaliou Carlos Praes, presidente do Conselho Científico-Tecnológico do Itehpec. “Precisamos pensar e desenvolver novos produtos considerando esse novo conceito de indústria, internalizar as mudanças e aprender a utilizá-las para aprimorar os processos dentro da companhia.”

Durante o evento, foram apresentadas tendências nesse mercado, como produtos que utilizam menos água, componentes antipoluição e a customização. Palestrantes também falaram como as empresas podem se beneficiar do uso de big data para entender melhor o consumidor por meio do seu comportamento: o que ele pesquisa, o que ele acessa, onde ele está e o que compra.

foto: A proposta de reaproveitamento de embalagens foi sugerida por um grupo de pesquisadores do Instituto SENAI de Inovação em Polímeros (foto) e representantes do Boticário, da Johnson & Johnson e da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

Fonte: Agência CNI de Notícias

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