Workshop Técnico ITEHPEC aborda Sensorialidade e Empreendedorismo na indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos
Aconteceu
durante a in-cosmetics Latin America, nos dias 19 e 20 de setembro, a 5ª edição
do Workshop Técnico ITEHPEC, desta vez com o tema “Higiene Pessoal, Perfumaria
e Cosméticos: um setor em transformação”. O ITEHPEC é a área de inovação e
tecnologia da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria
e Cosméticos (ABIHPEC). O primeiro dia abordou “Da Sensorialidade aos Cuidados
Pessoais”, e o segundo “Do Empreendedorismo aos Novos Desafios”.
Marina Kobayashi, gerente de inovação da ABIHPEC, revela que manter a indústria
alinhada e bem informada estimula a competitividade. “A proposta deste Workshop
foi trazer questões que pudessem contribuir com um setor que está em constante
movimento e transformação, graças à sua dinâmica e ao alto grau de inovação,
tão característico desta indústria.”
João
Carlos Basilio, presidente executivo da Associação, fez a abertura do evento e
afirmou que a inovação tem um papel estratégico para o setor. “Em média, a cada
dois anos, cerca de 30% do faturamento é proveniente de lançamentos. Esse
resultado é reflexo dos investimentos em inovação do setor, que se destaca como
o 2º segmento industrial que mais investe em P&D no país”.
Da
Sensorialidade aos Cuidados Pessoais
A
primeira apresentação do dia foi de Claudia Pellegrino, Co-Fundadora do Bistrô
de Inovação. Claudia falou sobre a percepção holística da sensorialidade. “O
bem-estar é um tema extremamente complexo e volátil, que envolve aspectos
individuais e coletivos, culturais e sociais. O tempo da nossa percepção mudou
completamente. Existe hoje uma aceleração brutal que estimula a nossa
percepção.”.
Em
seguida, Produtos Naturais com aplicação em fitoterápicos e cosméticos foram o
tema da palestra de Eduardo Pagani, Gerente de desenvolvimento de fármacos do
LNBio. Na ocasião, o profissional destacou que o Brasil é o país mais
megadiverso do mundo e ainda tem um enorme potencial de exploração: “20% das
espécies vegetais do mundo são endêmicas do nosso território e diversidade
biológica se relaciona com diversidade química.”
Alexandre
H. P. Ferreira, pesquisador da Know Why treinamentos especializados, abordou a
fotobiologia e lesões ao DNA, onde as consequências da luz no corpo humano
foram abordadas de diversas formas. “A luz solar é a responsável por vários
fenômenos biológicos, como câncer, fotoenvelhecimento, pigmentação da pele,
eritema solar e imunossupressão. A faixa do ultravioleta é a que tem sido mais
caracterizada para esses efeitos, mas temos estudos mais recentes do
infravermelho e da luz visível”.
Microbioma e pele foi o tema da palestra que encerrou as atividades do dia,
ministrada por Carlos Kiffer, professor da Escola Paulista de Medicina
(UNIFESP) e Responsável Técnico pelo laboratório de pesquisa GC-2. Segundo ele,
para o desenvolvimento de produtos, é importante ter em mente que a pele tem um
dos microbiomas mais diversos do corpo, influenciado por fatores como
puberdade, estímulos hormonais, tipos de pele, umidade e rupturas.
Do Empreendedorismo aos novos Desafios
O
desafio de inovar nos tempos atuais foi o tema da palestra de Gerson Valença
Pinto, Diretor Técnico da Centroflora Group, no segundo dia. Para ele, o
processo de inovação nas empresas precisa ser cada vez mais fluído e menos
engessado. O profissional chamou a atenção também para um ponto essencial:
“Qualquer decisão ou estratégia que passe pela inovação tem que passar pela
sustentabilidade. Não podemos desconsiderar o planeta em nenhuma etapa”.
Sérgio
Gonçalves, Diretor de Marketing e Negócios Internacionais da Chemyunion, falou
aos presentes sobre “Indie Brands”. A definição de Indie Brands vem de marcas
independentes e se refere àquelas que nascem de formas mais humanizadas e mais
próximas de uma comunidade para oferecer não apenas produtos, mas um conceito,
mensagem ou ideia. “Os consumidores estão buscando e comprando de marcas
menores, autênticas, inovadoras, que tragam benefícios e estejam alinhadas com
um propósito”.
As
pesquisas sensoriais envolvendo a neurociência foram explicadas por Carlos
Praes, CIO da Innova Beauty Coaching e Presidente do Conselho
Científico-Tecnológico do ITEHPEC. Entre as curiosidades levantadas por Carlos
está o fato de que fatores como pressão atmosférica influem nas vendas. Outra
informação interessante é de que o sabor é o sentido mais marcante na
fidelização de um consumidor, por isso é mais difícil que as pessoas variem o
creme dental do que o creme hidratante. Já para produtos para a pele, o caminho
é prestar atenção nas características da sensibilidade de cada parte do corpo.
“Cada terminação nervosa tem uma função e cada região da pele é mais rica em um
tipo de terminação nervosa que é mais sensível seja para temperatura, pressão,
sedosidade ou qualquer outro fator sensorial”, aponta.
Maria
Inês Harris, Diretora Executiva do Instituto Harris, discutiu a presença e a
quantidade de conservantes nos produtos, assunto que vem gerando cada vez mais
discussões pelo mundo. Segundo ela, boas práticas de fabricação reduzem muito a
quantidade de conservantes na fórmula.
Por fim,
Caroline Grassi, consultora da ABIHPEC, deu instruções sobre a Lei da
Biodiversidade e o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN). Em
novembro chega ao fim o prazo para regularização das empresas que acessam ou
acessaram patrimônio genético e conhecimento tradicional associado e estejam em
desconformidade com as exigências da Lei.
Fonte: ABIHPEC
CONECTE-SE
com a nossa rede de usuários!
Um espaço onde os usuários podem se apresentar. O objetivo da rede é facilitar a conexão e criação de parcerias.
CADASTRE-SE